psicoterapia infantil
- Larissa Priscila De Oliveira
- 5 de jan.
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"Para mim, é fundamental destacar que o brincar é uma experiência, uma experiência sempre criativa, uma experiência no continuum espaço-tempo, uma forma básica de viver. (...) Meu propósito aqui é simplesmente relembrar que o brincar das crianças contém tudo, embora o psicoterapeuta trabalhe com o material, o conteúdo do brincar. Naturalmente, uma constelação mais precisa se manifesta com hora marcada e em ambiente profissional do que se apresentaria em uma experiência atemporal no chão de casa; entretanto, é mais fácil compreender o trabalho que realizamos quando reconhecemos que a base do que fazemos é o brincar do paciente, uma experiência criativa que ocupa um tempo e um espaço e é intensamente real para ele."
Minha clínica sempre esteve às voltas das questões da adulteza. A infância, é claro, sempre deu notícias, mas como discurso (e lembrança) e não como corpo presente.
Nos últimos tempos, fui convidada a experimentar algo novo: a clínica com crianças. Tem sido muito saboroso brincar com as letras, as palavras, as histórias. Os brinquedos existem, mas são secundários: o que importa mesmo é o verbo. Brincar e experimentar essa zona criativa/criadora que se estabelece entre mim e os pequenos que me visitam todos os dias.
Nutro um profundo respeito pelo brincar e pela potência do processo de constituição subjetiva que acontece a plenos pulmões na infância. Participar, também brincando a plenos pulmões, deste processo me ensina muito sobre como podemos continuar brincando e criando novas formas de adulteza; para os que já são adultos e para o que ainda não.
No trecho: Winnicott em "O Brincar e a Realidade", 2019.

Fotos: acervo pessoal.
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